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sexta-feira, agosto 31, 2007

China muda nome de partos tradicionais durante os Jogos Olímpicos

Para facilitar a vida dos turistas na hora de comer, o governo de Pequim decidiu modificar as traduções em inglês dos pratos mais populares da gastronomia local, evitando cardápios com iguarias como "galinha virgem" e "cabeça de leão queimada", informa a agência de notícias oficial Nova China.

Os dois pratos, feitos com frango, são exemplos de traduções bizarras que se tornam uma dor de cabeça para os turistas. "Estas traduções muitas vezes assustam ou embaraçam os estrangeiros, podendo até causar mal-entendidos a respeito dos hábitos alimentares dos chineses", diz a agência noticiosa.

Segundo a Nova China, o Departamento de Turismo do Governo de Pequim iniciou uma pesquisa em 2.753 pratos para seleccionar aqueles que a população considera imprescindíveis que um estrangeiro conheça.

Após a escolha, as autoridades vão disponibilizar a lista completa aos restaurantes do país inteiro, com traduções normalizadas.

Muitos nomes de pratos chineses combinam elementos culturais e artísticos, que refletem o contexto histórico e geográfico do momento em que foram criados. Alguns foram originados em contos tradicionais da China.

Fonte: Lusa (Brasil)

terça-feira, agosto 21, 2007

Autoridades chinesas preocupadas com o possível desvio de aviões durante os JO's

As autoridades chinesas estão preocupadas com a possibilidade de haver acções terroristas durante os próximos Jogos Olímpicos, notícia hoje a imprensa local.

A segurança dos aviões vai ser o principal foco das forças políciais, pois durante as Olímpiadas prevê-se um aumento do tráfego aéreo, com a chegada de atletas, jornalistas, políticos e turistas.

O vice-ministro da segurança pública chinesa, Zhang Xinfeng, afirmou ao jornal China Daily que "algumas organizações terroristas internacionais estão se infiltrando na China e os aparelhos da aviação civil poderão ser o alvo de um ataque terrorista".

Xinfeng acrescentou ainda que as autoridades especialistas em anti-pirataria aérea "enfrentam na actualidade uma série de novos desafios".

Tal como o vice-ministro da segurança pública, também Wang Changshun, administrador-geral da Aviação cívil, afirmou que todos aqueles que se esforçam no combate à pirataria do ar, "enfrentam um teste importante".

A China durante esta semana realizou simulacros de sequestros e desvio de aviões, resgate de passageiros/reféns e combate a incêndios, que envolveram cerca de 600 funcionários da aviação cívil, forças políciais, elementos de segurança pública e bombeiros.

A agência de notícias Nova China afirma que estes testes, que decorreram na cidade de Dalian, na província de Liaoning, foram bem sucedidos.

Para ajudar no combate ao terrorismo aéreo o governo chinês, já tinha anúnciado no ano passado, que os 14 aeroportos que se situam perto de Pequim, iriam sofrer grandes remodelações, de modo a torná-los maiores e mais modernos em 2008.

A China investiu neste projecto cerca de 3,3 biliões de dólares e prevê que em Março todos os aeroportos que sofreram intrevenções, já estejam equipados com a mais moderna tecnologia.

Pequim anunciou ainda que o príncipal aeroporto da capital chinesa não terá partidas e chegadas de vôos domésticos até 2010, e em relação ao volume de tráfego de aviões intenacionais, este será reduzido em cerca de 400 vôos por dia para diminuir os atrasos e os problemas logísticos. Estes problemas verificam-se actualmente porque em 2006 viajaram 48,7 milhões de pessoas, quando o aeroporto só tem capacidade para receber 35 milhões de passageiros por ano.

As autoridades chinesas dizem que estes simulacros, investimentos e procedimentos não são suficientes para evitar actos de terror e que as forças policiais, em 2008, terão que ter uma atenção redobrada para que a China não seja alvo de tais acções.

Recorde-se que os passageiros de aviões da ou para a China, entre 1993 e 1998, sofreram com o desvios de muitos destes aparelhos para Taiwan, já que o regime de Taipé, recebia os responsáveis por estes actos como heróis, pois lutavam contra o regime comunista chinês.

Desde do fim da guerra cívil chinesa, em 1949, que Taiwan tem um governo próprio, e é o refúgio preferido das pessoas que diáriamente lutam contra a ditadura que diziam existir na China.

O governo chinês por seu lado, já afirmou várias vezes, que a ilha é uma província separatista e que mais cedo ou mais tarde voltará a ser controlada por Pequim, nem que para isso tenha que ser utilizada a força militar.


Por João Miguel Pereira, jornalista "Sport Blog"

sexta-feira, agosto 17, 2007

China ignora pedido do COI e continua a violar a liberdade de imprensa

A Justiça chinesa condenou a quatro anos de prisão o dissidente Chen Suqing, de 42 anos, por publicar na internet textos críticos contra as autoridades comunistas, revelou a organização não-governamental internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Chen, membro da PEN, um grupo internacional de escritores independentes, foi preso em Setembro do ano passado em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, no leste da China.

Num dos artigos publicados na rede, Chen, que é um dos fundadores do Partido Democrático da China, proibido pelo governo, pedia mais reformas políticas no país.

"Ele só expressava os seus pontos de vista políticos e devia beneficiar de liberdade de expressão", disse o advogado Li Jianqiang, acrescentando que o seu cliente alegou inocência até ao final do julgamento.

O advogado, que já actuou em casos semelhantes, havia sido impedido recentemente de exercer o seu trabalho, após as autoridades rejeitarem a renovação da sua licença.


Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, "os tribunais continuam tomando medidas duras contras os ciberdissidentes, porque recebem ordens do Partido Comunista nesse sentido".

O grupo que defende a liberdade de imprensa também afirmou que existe uma petição para a libertação de Chen e de outros 50 ciberdissidentes que se encontram detidos no país asiático

O governo chinês anunciou recentemente mais liberdade para os média durante a preparação para os Jogos Olímpicos de 2008, mas a RSF assegura que as prisões e manobras de intimidação continuam.

Além do grupo de ciberdissidentes, alguns deles desde os anos 80, cerca de 30 jornalistas também estão presos, de acordo com a organização não-governamental internacional.

Segundo um índice global que avalia a liberdade de imprensa, concebido pela RSF, a China ocupa a 163.ª posição entre 167 países analisados.

Fonte: Lusa (Brasil)

segunda-feira, agosto 13, 2007

Arnaldo Abrantes é o maior destaque português no 5º dia das Universíadas

O atleta português Arnaldo Abrantes foi sexto na Final dos 100 metros, no torneio de Atletismo das Universíadas, em Banguecoque (Tailândia), com 10s53cs. Na prova ganha pelo inglês Simeon Williamson (10s22cs), Abrantes não conseguiu ir além do sexto posto, apesar de até ter feito um dos melhores lugares num dia "pobre" para a participação portuguesa.

Além da posição alcançada por Abrantes, que desistiu na primeira eliminatória dos 200 metros, destaque também para o sexto lugar garantido por Luís Araújo, na Final a Solo da Ginástica Artística, com a pontuação de 14.775.

Na Natação, Fernando Costa foi o português que obteve melhor classificação no quarto dia de competição das Universíadas.

Fernando Costa e José Parente terminaram as eliminatórias dos 400 metros Livres no 17º lugar, com o tempo de 3m59s60cs, e no 24º, com 4m02s73cs, respectivamente.

Fernando Costa aposta na prova de 1500 metros Livres, agendada para Terça-Feira, na qual tem como objectivo alcançar os mínimos para os Jogos Olímpicos de Pequim.

Nos 50 metros Costas, Bruno Freitas registou o 36º posto, ao nadar em 58s56cs segundos, enquanto Filipa Silva ficou em 33º nos 200 metros Livres, ao obter a marca de 2m06s35cs.

Em Esgrima, Gael Santos perdeu quatro dos seis embates e ficou-se pela fase de grupos, enquanto em Taekwondo, José Fernandes foi eliminado nos Oitavos-de-Final por Jean Moloise Ogoudjobi, do Benim.

Fonte: O Jogo

sexta-feira, agosto 10, 2007

AI espera que os JO's ajudem a acabar com a violação dos direitos humanos na China

Na semana em que a China celebrou o início da contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de 2008, grupos internacionais criticaram detenções injustas e a prática de tortura dos presos políticos.

A Amnistia Internacional afirmou na Terça-Feira que o governo chinês deve tomar medidas urgentes para cumprir a promessa de promover os direitos humanos como parte do legado dos Jogos Olímpicos, acabando com a perseguição e intimidação a ativistas e jornalistas no país.

Fonte: Lusa (Brasil)

quinta-feira, agosto 09, 2007

Cidade-Sede dos Jogos Olímpicos 2008 recebe a primeira loja da Onda na China

A marca de artigos desportivos Onda, que patrocina a equipa portuguesa que disputará os Jogos Olímpicos de Pequim, assinou um acordo com um parceiro chinês e abrirá a sua primeira loja na China em Maio de 2008, anunciaram as empresas envolvidas no negócio, esta Quinta-Feira.

A P&R Têxteis, que fabrica roupas desportivas de alta competição com a marca Onda, oficializou um protocolo com a companhia Beijing Savvy Trading Co, associada ao grupo CITIC International, para a comercialização dos seus artigos na China. O acordo foi fechado ontem, dia em que a organização chinesa comemorou o início da contagem de 1 ano para as Olimpíadas.

Ficou acordado que a Onda vai abrir a loja em plena área comercial adjacente ao novo estádio olímpico, a principal e mais emblemática infra-estrutura em construção para os Jogos.

"Aproveitando o facto da Onda equipar os atletas olímpicos portugueses em Pequim, esperamos conseguir bastante notoriedade durante a competição. Será essencial para começar com sucesso a comercialização dos nossos produtos", disse o director da P&R Têxteis, Nuno Pinto, em entrevista à Agência Lusa, em Pequim. "Temos indicadores fortes de que haverá uma explosão de consumo de uma nova geração com apetência para este tipo de vestuário desportivo", acrescentou o empresário.

A estratégia de internacionalização da empresa portuguesa prevê a abertura de dez a 11 lojas no extremo Oriente nos próximos três anos. A P&R planeia seguir os mesmos passos dados na China para entrar em 2009 e 2010 nos mercados japonês e sul-coreano.

"O impacto dos Jogos Olímpicos continuará a ser sentido na região mesmo depois da prova desportiva e queremos aproveitá-lo para expandir a marca pelo continente asiático", afirmou Pinto, que prevê um investimento de 2 milhões de euros para essa mesma expansão.

O empresário português considerou os próximos três anos como decisivos, já que pretende aproveitar a Exposição Mundial de Xangai em 2010, como "corolário dos eventos de expressão mundial" organizados na China.

A P&R pretende manter o tipo de produção feita actualmente em Portugal, podendo acrescentar a fabricação de outros produtos na China, através da parceira local CITIC, que será usada como plataforma de exportação para os mercados vizinhos.

"Encontramos uma empresa chinesa com dimensão, organização e profissionalismo, o que nos levou a preferir assinar um acordo de longa duração", disse o diretor da P&R, informando que a parceira trabalha também com outras marcas desportivas internacionais, incluindo uma finlandesa.

O chefe de missão do Comité Olímpico de Portugal (COP) nos Jogos de 2008, Manuel Boa de Jesus, classificou a assinatura do contrato como um "momento muito especial em que os Jogos Olímpicos começam a dar os primeiros frutos". Boa de Jesus está, durante toda esta semana, em Pequim devido a uma reunião dos chefes de missão para as próximas Olimpíadas. Em representação do COP, o dirigente esteve na cerimónia de Quarta-Feira à noite na praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial), que reuniu cerca de 10 mil convidados para marcar a contagem regressiva para o evento.

O director-geral da Savvy Trading Co, He Wei, associada do grupo CITIC International, disse que a empresa irá "trabalhar em conjunto para promover a marca Onda no mercado chinês e mostrar o espírito e a cultura de Portugal aos consumidores locais". "Esperamos que a comitiva olímpica portuguesa tenha uma boa prestação no próximo ano. A partir de agora torcemos pelos vossos atletas", disse He.


A P&R vai apresentar a nova coleção Primavera-Verão 2008 em meados de Setembro em Pequim, aproveitando a realização da Etapa chinesa da Taça do Mundo de Triatlo. Nessa prova os atletas irão exprimentar pela primeira vez o percurso que terão que fazer nos Jogos Olímpicos.

A empresa prevê ainda realizar uma outra cerimónia a 15 de Novembro, em Lisboa, onde os atletas olímpicos portugueses vão apresentar os equipamentos para os Jogos.

A coleção vai se chamar 8.08, uma alusão à competição que começa a 8 de Agosto de 2008, quando passarem oito minutos das oito horas da noite. O oito é o número da sorte para os chineses, porque o som do número em mandarim (ba) assemelha-se ao da palavra "prosperidade".

A Onda é especializada em desportos aquáticos e de outdoor, como o Triatlo, o Ciclismo/BTT, o Surf, o Bodyboard, o Kitesurf, a Canoagem e o Snowboard, com vários pontos de venda na Península Ibérica. Além do COP, a marca é, também, a patrocinadora oficial das Federações portuguesas de Triatlo, Surf, Esqui, entre outras.

A P&R Têxteis, que emprega 185 trabalhadores nas duas unidades industriais em Barcelos e Esposende, tem um facturamento anual de 9 milhões de euros, com uma perspectiva de crescimento de 7% em 2007.

Os actuais mercados preferenciais de exportação são Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Israel e Nova Zelândia.

Fonte: Lusa (Brasil)

segunda-feira, agosto 06, 2007

Pequim quer utilizar JO's para reafirmar a legitimidade política e o orgulho patriótico

A um ano da abertura dos Jogos Olímpicos, que acontecem de 8 a 24 de Agosto, o evento aparece cada vez mais como uma forma de Pequim reafirmar a legitimidade política e o orgulho patriótico de uma China cada vez mais poderosa.

Assim como muitos governos fizeram no passado, desde as Olimpíadas de 1936 em Berlim, passando por Moscovo em 1980 e terminando em Seul em 1988, os jogos do próximo ano servem, dentro e fora dos estádios, para uma afirmação ideológica do Estado chinês e uma demonstração do poder econômico do país.

A confusão entre o espírito olímpico e o espírito político começa no homem que lidera a equipe da organização: com o cabelo preto de risco ao lado e grandes óculos de "fundo de garrafa", Liu Qi, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (BOCOG, da sigla em inglês), é membro do quadro comunista.

Ex-presidente da Câmara de Pequim, Liu é também o secretário-geral, o número um da organização do Partido Comunista Chinês (PCC) em Pequim e, em discurso no final de junho, já deixou claro que daqui um ano todos os cidadãos devem oferecer uma "imagem civilizada" da capital chinesa.

"O nosso trabalho agora deve se dedicar principalmente a estabelecer uma imagem de país civilizado e divulgar costumes para que os cidadãos sejam bem-vistos", afirmou Liu, pedindo aos cidadãos de Pequim que "abandonem alguns maus costumes, como cuspir e atirar lixo na rua".

"Quatro bilhões de pessoas vão estar de olhos postos na China", disse Liu, se referindo ao público previsto para acompanhar os Jogos Olímpicos pela TV em todo o mundo. "Devemos construir uma boa imagem e mostrar a nossa civilização ao mundo."

Para a cerimônia de abertura das Olimpíadas foi escolhida Zhang Yimou, cineasta e diretor de superproduções baseadas na história chinesa, como "Herói" ou "A maldição da flor dourada".

"Para os chineses, vai ser uma coisa muito, muito importante. Não é só uma cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, é uma forma de mostrar ao mundo a China e o que está acontecendo agora no país", afirmou recentemente Zhang.

E o que está a acontecer no país é um crescimento econômico superior a 10% desde 1978, que coloca a economia chinesa como a terceira maior do mundo, atrás apenas da norte-americana e da japonesa.Por isso não é de admirar que onde grande parte do mundo vê espírito olímpico, Pequim veja uma corrida, numa espécie de seleção natural contra as outras nações.

Para o BOCOG, qualquer deslize, dentro ou fora do estádio, será um fracasso para a China, para o governo, para o povo e para a civilização chinesa.

"Os Jogos Olímpicos de Pequim são a ocasião perfeita para mostrar em pleno os 5.000 anos de história chinesa e a sua cultura resplandecente", informa o site do comitê na internet, afirmando que os jogos "serão uma ocasião para demonstrar a esplêndida cultura chinesa, a herança histórica e cultural de Pequim e as atitudes positivas dos seus cidadãos".

O objetivo, diz a organização, é "relacionar o passado e o futuro de uma mesma civilização", de uma "nação com uma civilização antiga e uma cultura moderna" e, de forma mais lírica, "como um rio carregando o orgulho da nação, como veia, pulsando com a força da vida".

A China destinou cerca de US$ 200 bilhões (R$ 382,2 bilhões) para a construção de estádios e outras infra-estruturas olímpicas.

Desde a Cidade Proibida à Grande Muralha, as elites políticas chinesas sempre souberam que a arquitetura legitima o poder político, e as Olimpíadas não são exceção.

O Ninho de Andorinha (estádio principal), o Centro de Desportos Aquático e o Centro de Comunicações, entre outros edifícios, foram desenhados pelos arquitetos mais famosos e apresentam as mais recentes tecnologias e os planos mais arrojados para, segundo o BOCOG, "servirem de vitrine às conquistas da mais alta tecnologia da cidade e à sua força inovadora".

Dentro dos estádios, a tentativa de provar no pódio a superioridade da China (e do governo chinês) em relação ao resto do mundo, ao Ocidente e aos Estados Unidos, o principal adversário a ser vencido em conquistas de medalhas, explica também a política do país para alta competição.

O objectivo de toda a organização do desporto de elite chinês é criar uma estrutura para que uma minoria de atletas excepcionais ganhe medalhas de ouro em 2008.

A China, que abraçou a economia de mercado, transfere o aparato do planejamento econômico para a alta competição esportiva.

Descendente directo da organização soviética de desporto de alta competição na década de 1950, o sistema desportivo chinês é totalmente centralizado e dependente do Estado (do governo central e dos governos locais), que se confunde com o PCC e que define objectivos, resultados, formas de treino, equipas e selecções.

Para Pequim, os Jogos Olímpicos vão além das máximas: "o importante é participar" e "mente sã em corpo são", porque os resultados medirão a eficiência do PCC e o número de medalhas legitimará a ordem política chinesa.

A pressão sobre os atletas olímpicos chineses, principalmente por competirem em casa, será extraordinária.

Wu Shaozu, ministro dos Esportes entre 1990 e 2000 não poderia ter sido mais claro quando afirmou que o maior objetivo do esporte chinês é o sucesso nos Jogos Olímpicos. "É onde temos que concentrar os nossos recursos. Içar a bandeira nos Jogos Olímpicos é a nossa maior responsabilidade."


Por Rui Boavida, jornalista "Lusa (Brasil)"

quinta-feira, agosto 02, 2007

China quer liderar "Medalheiro" nos JO´s 2008 mas Cui Dalin considera ser díficil

A hipótese de a China liderar o quadro de medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim é remota, disse nesta Quarta-Feira o vice-presidente do Comité Olímpico da China, Cui Dalin.

"As esperanças são grandes, e o povo chinês quer que tenhamos uma boa apresentação. Mas, quando olhamos para os factos, vemos que a situação é de extrema dificuldade", disse Cui, acrescentando que o comité conduziu uma "análise cuidada dos resultados mundiais nas várias modalidades" para chegar a esta conclusão, que contraria o optimismo do mundo desportivo chinês.

O líder do C.O.C. resalvou ainda que "cada vez que olhamos para os resultados, vemos que estamos longe. Consideramos esta uma situação grave, de facto". Esta declaração reflete que existe uma grande pressão sobre a delegação da casa para a competição que ocorre na capital chinesa de 8 a 24 de Agosto do próximo ano.

Nos últimos Jogos Olímpicos, em Atenas (Grécia), a China foi o segundo país a conquistar mais medalhas de ouro (32), atrás dos Estados Unidos (35).

O ministro-adjunto lembrou, no entanto, que na contabilidade total das medalhas, a China conquistou 40 a menos que os Estados Unidos e 29 que a Rússia, sendo a maior parte delas em modalidades como o Ténis de mesa, Badmington, Ginástica, Tiro e Halterofilismo.

Nos desportos mais populares, como o Atletismo e a Natação, a China não ganhou nenhum título mundial desde as Olimpíadas de 2004.

Cui considerou ainda que a China deve apostar nestas modalidades, por ter maior margem de progressão, já que as esperanças na conquista de medalhas de ouro em modalidades coletivas, como o Basquetebol e o Futebol, são encaradas como diminutas.

Fonte: Lusa (Brasil)