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quinta-feira, agosto 06, 2009

Jogos Olímpicos: Proposta de "transformar" os jogos de computador em modalidade olímpica continua a dar polémica

Durante a apresentação de um novo jogo de computador da Sega intitulado "Winter Olympic Games - Vancouver 2010", a polémica discussão sobre a aceitação ou não dos jogos electrónicos como modalidade olímpica veio novamente para a ordem do dia.

Segundo o blog Game Life, os atletas que possuem um jogo de computador com o seu nome, foram aqueles que consideraram com mais naturalidade essa "alteração" ao espírito olímpico.

O snowboarder Matthew Moroison não acha "má ideia", pois "já existem profissionais dos jogos de computadores. Até já se fazem campeonatos do Mundo, porque não avançarmos para os Jogos Olímpicos. Há quem diga que qualquer um sabe jogar computador, e que por isso qualquer pessoa poderia ser um atleta olímpico, o que acabaria por comparar os «verdadeiros» super atletas aos atletas «virtuais». Mas eu acho, que os jogadores virtuais também são «verdadeiros» super atletas, pois eu já tentei jogar Call of Duty, e a minha equipa de virtuais fuzileiros navais especializados foi abatida em 10 segundos. Por isso, considero que todos aqueles jovens que conseguem estar horas a fio a «matar» inimigos virtuais são verdadeiros super atletas".

A esquiadora norte-americana Lindsey Vonn partilha da mesma opinião do colega, ao afirmar que "jogar computador já é um acto competitivo, por isso não vejo mal nenhum colocarem nos Jogos uma modalidade olímpica chamada «virtual games». Mas, teríamos que incluir todas os jogos de computador numa só modalidade, senão passaríamos a ter mais de 30 modalidades nos Jogos de Inverno e mais de 40 modalidades nos Jogos de Verão, o que seria impossível de se realizar em 17 dias".


Mas também há quem não concorde com a medida, especialmente aqueles que nunca experimentaram jogar computador durante algumas horas, como é o caso da patinadora Kristina Groves.

"É claro que não concordo, porque uma modalidade desportiva requer esforço físico, e ficar sentado durante horas a olhar para um monitor e a carregar numas teclas não requer esforço físico nenhum e até faz mal à saúde. Nunca vi nenhum médico dizer aos pais de uma criança que é saudável que o filho ou filha fique a jogar computador horas a fio; mas se perguntar a um profissional de saúde se é bom praticar desporto ao ar livre, ele responderá imediatamente que sim", explicou a patinadora.

Groves disse ainda que "tornar um jogo de computador numa modalidade olímpica levanta um velha e problemática questão: «Que jogos é que seriam olímpicos?» Os de desporto como este novo da SEGA, os de estratégia como Rise of Nation ou os de guerra como Call of Duty. Há ainda uma outra questão «E os jogos on-line?». Iriam ou não iriam ser modalidade olímpica. Pois estou-me a lembrar que os Jogos Olímpicos não têm publicidade estática, como todos os outros desportos, por isso o Póquer on-Line (que já tem muitos adeptos) das casas de apostas como a Everest ou a Betsson nunca poderia entrar, pois as empresas não aceitariam que a publicidade fosse retirada, e o COI nunca aceitaria colocar publicidade num evento criado por si. Por tudo isto, penso que essa questão é utópica e nem deveria ser colocada, quanto mais discutida".

O snowboarder Seth Wescott concorda com a patinadora ao dizer que "apesar de existirem toneladas de habilidades únicas nos jogos de computador, como velocidade, destreza e coordenação mão/olho, estes nunca poderiam ser olímpicos, pois uma modalidade olímpica é única e requer muita habilidade e muito esforço físico".


Ao olharmos para estas declarações vemos que a polémica continua e que existem muitas opiniões diversas, apesar de alguns atletas já apresentarem argumentos que bem esgrimados entrariam em qualquer debate sobre esta matéria.


Jornalista: João Miguel Pereira