Clube Desportivo da Póvoa vai hoje a votos
Hoje, dia 15 de Março, entre as 15h00 e as 20h00, os associados do Clube Desportivo da Póvoa vão optar entre o arquitecto Caldeira Figueiredo, da Lista A, e o advogado Carlos Mateus, da Lista B.
Quem não tiver as quotas actualizadas não poderá votar. No entanto, os sócios podem regularizar a situação quando forem escolher o candidato da sua preferência. Actualmente, num universo que ronda os dez mil sócios registados apenas cerca de três mil têm os pagamentos em dia.
Ambas as listas promoveram as suas candidaturas pela cidade, com distribuição de panfletos eleitorais ou no "porta a porta", tal como nas eleições dos partidos políticos, faltando apenas os comícios.
Se a equipa de Carlos Mateus tem privilegiado o contacto com os associados pelas ruas e, junto dos atletas, no pavilhão do clube, a Lista A, de Caldeira Figueiredo, aposta nas novas tecnologias, tendo uma página na Internet (http://www.cdp-lista-a.com/).
Quanto a polémicas, no debate promovido pela Rádio Mar, Carlos Mateus acusou a candidatura de Caldeira Figueiredo de uma utilização abusiva de algumas pessoas no panfleto eleitoral da Lista A, alegando um aproveitamento da figura do sócio nº 1, Fernando Linhares de Castro e dos coordenadores António Padrão (Hóquei em Patins) e Natércia Branco (Atletismo).
O sócio nº1, que confirmou ter autorizado a colocação da sua fotografia no panfleto, afirmou, no entanto, que é "amigo dos dois candidatos" e que, por isso, explica que não irá "tomar partido por ninguém".
"Ainda não decidi, mas, em princípio, não irei votar. O importante é que seja tudo pacífico. A minha função, como presidente do Conselho Geral, é consultiva e apenas me compete aconselhar quem estiver à frente do clube", completou o associado mais antigo.
Quanto a António Padrão e Natércia Branco, ambos desmentiram Carlos Mateus, garantindo o seu apoio a Caldeira Figueiredo, tal como os outros parceiros/associados que integram o Quadro de Honra de apoio à candidatura.
Esta será a segunda vez que, ao longo dos 64 anos da história do Clube Desportivo da Póvoa, dois candidatos se defrontam em actos eleitorais.
Até aqui, isso apenas tinha acontecido em 1981, ano em que Abílio Flores Morim, presidente da Assembleia Geral, defrontou Proença Fernandes (Lista A), num polémico processo eleitoral iniciado no dia 23 de Fevereiro.
A lista B, de Abílio Morim, afecta aos atletas do CDP, venceu por apenas 17 votos de diferença (125 contra 108), frente a uma lista constituída à base dos dirigentes anteriores. Mas essa votação, que na primeira reunião magna levou os trabalhos até perto das 03h00 da madrugada de uma Terça-Feira, não se cumprindo a totalidade dos pontos previstos, foi impugnada por um grupo de sócios, que invocaram o desconhecimento da realização da Assembleia, por não terem recebido um aviso postal que a lei impunha.
Acresce-se que o associado António José Gomes de Sá Ferreira, proponente da Lista A, apresentou uma outra impugnação, baseada no facto de terem votado quatro sócios com menos de quatro meses de efectividade e dois sócios menores. Com isto, no dia 13 de Março foi deliberada nula a Assembleia de 23 de Fevereiro.
Posteriormente, e repetido o processo eleitoral, a Lista A venceu, tendo como presidente da Direcção António Augusto Gomes Ferreira.
A verdade é que, pouco tempo depois, esta equipa directiva acabou por desistir e seria Abílio Flores Morim, numa atitude considerada de grande dignidade, a comandar o barco do Desportivo da Póvoa.
Por André Veloso, jornalista "Póvoa Semanário"
Quem não tiver as quotas actualizadas não poderá votar. No entanto, os sócios podem regularizar a situação quando forem escolher o candidato da sua preferência. Actualmente, num universo que ronda os dez mil sócios registados apenas cerca de três mil têm os pagamentos em dia.
Ambas as listas promoveram as suas candidaturas pela cidade, com distribuição de panfletos eleitorais ou no "porta a porta", tal como nas eleições dos partidos políticos, faltando apenas os comícios.
Se a equipa de Carlos Mateus tem privilegiado o contacto com os associados pelas ruas e, junto dos atletas, no pavilhão do clube, a Lista A, de Caldeira Figueiredo, aposta nas novas tecnologias, tendo uma página na Internet (http://www.cdp-lista-a.com/).
Quanto a polémicas, no debate promovido pela Rádio Mar, Carlos Mateus acusou a candidatura de Caldeira Figueiredo de uma utilização abusiva de algumas pessoas no panfleto eleitoral da Lista A, alegando um aproveitamento da figura do sócio nº 1, Fernando Linhares de Castro e dos coordenadores António Padrão (Hóquei em Patins) e Natércia Branco (Atletismo).
O sócio nº1, que confirmou ter autorizado a colocação da sua fotografia no panfleto, afirmou, no entanto, que é "amigo dos dois candidatos" e que, por isso, explica que não irá "tomar partido por ninguém".
"Ainda não decidi, mas, em princípio, não irei votar. O importante é que seja tudo pacífico. A minha função, como presidente do Conselho Geral, é consultiva e apenas me compete aconselhar quem estiver à frente do clube", completou o associado mais antigo.
Quanto a António Padrão e Natércia Branco, ambos desmentiram Carlos Mateus, garantindo o seu apoio a Caldeira Figueiredo, tal como os outros parceiros/associados que integram o Quadro de Honra de apoio à candidatura.
Esta será a segunda vez que, ao longo dos 64 anos da história do Clube Desportivo da Póvoa, dois candidatos se defrontam em actos eleitorais.
Até aqui, isso apenas tinha acontecido em 1981, ano em que Abílio Flores Morim, presidente da Assembleia Geral, defrontou Proença Fernandes (Lista A), num polémico processo eleitoral iniciado no dia 23 de Fevereiro.
A lista B, de Abílio Morim, afecta aos atletas do CDP, venceu por apenas 17 votos de diferença (125 contra 108), frente a uma lista constituída à base dos dirigentes anteriores. Mas essa votação, que na primeira reunião magna levou os trabalhos até perto das 03h00 da madrugada de uma Terça-Feira, não se cumprindo a totalidade dos pontos previstos, foi impugnada por um grupo de sócios, que invocaram o desconhecimento da realização da Assembleia, por não terem recebido um aviso postal que a lei impunha.
Acresce-se que o associado António José Gomes de Sá Ferreira, proponente da Lista A, apresentou uma outra impugnação, baseada no facto de terem votado quatro sócios com menos de quatro meses de efectividade e dois sócios menores. Com isto, no dia 13 de Março foi deliberada nula a Assembleia de 23 de Fevereiro.
Posteriormente, e repetido o processo eleitoral, a Lista A venceu, tendo como presidente da Direcção António Augusto Gomes Ferreira.
A verdade é que, pouco tempo depois, esta equipa directiva acabou por desistir e seria Abílio Flores Morim, numa atitude considerada de grande dignidade, a comandar o barco do Desportivo da Póvoa.
Por André Veloso, jornalista "Póvoa Semanário"